quinta-feira, 22 de outubro de 2009

brincar


O brincar para a criança é tão excitante que se pudessem
brincariam o tempo todo.
Sem o saberem, elas vibram e brincam para sentir a emoção
que a fantasia lhes proporciona.
Os adultos, para brincar,inventaram
as competições, as marcas e os recordes.
A alegria de brincar passou
para a alegria de tensão de conseguir
resultados, a superação de si e dos outros.
Você acha que brincar por brincar não é coisa para adultos?

Como andam suas brincadeiras e fantasias?

brincar...


Brinca enquanto souberes!
Tudo o que é bom e belo
Se desaprende...
A vida compra e vende
A perdição,
Alheado e feliz,
Brinca no mundo da imaginação,
Que nenhum outro mundo contradiz!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sem medo dos números


Especialistas ensinam algumas atitudes simples que ajudam as crianças a gostar de matemática ;



Como ajudar crianças a aprender, com prazer e curiosidade, a arte de usar os números? Quando começar? Segundo a consultora Priscila Monteiro, coordenadora de Matemática do Projeto Dica, de São Caetano do Sul (SP), e formadora do programa Matemática É D+, da Fundação Victor Civita, o conhecimento matemático é uma ferramenta que ajuda a desenvolver a autonomia intelectual e a capacidade crítica do ser humano. Um dos benefícios práticos de aprender a disciplina é poder aplicá-la no cotidiano – e não só para fazer contas, como a maioria pensa. “A utilização de conceitos matemáticos permite, por exemplo, antecipar o resultado de certas ações sem a necessidade de realizá-las efetivamente”, explica a professora. Ela sugere brincadeiras para despertar o interesse de seus filhos. Afinal, não há por que temer essa disciplina na escola. Aos 2 anos: Quando perguntarem a idade do seu filho, resista à tentação de falar por ele. Em vez disso, estimule-o a responder usando os dedos. Essa é uma ótima oportunidade para ele começar a perceber a importância dos números. A partir dos 4 anos: Alguns jogos, como boliche (que pode ser improvisado com garrafas plásticas cheias de areia), aproximam as crianças dos números e de conceitos de geometria. Para descobrir quem venceu, é preciso contar as garrafas derrubadas. Incentive a criança a brincar com esses jogos. Depois dos 10 anos: Para crianças maiores, situações práticas são mais eficientes. Afinal, elas já lidam com exercícios complexos na sala de aula. Assim, é válido propor que calculem o preço final da lista de compras do supermercado, o preço total de um produto anunciado em prestações, a quantidade de carne e de refrigerante para um churrasco etc.

Lúdico, Fantasia, imaginação e muito mais


Eu sempre quis fazer isso! Todo mundo já falou essa frase pelo menos uma vez na vida. Mas nem todos deram a devida atenção a ela. Se você tem vontade de toma banho de chuva ou de brincar de amarelinha no meio da principal avenida da sua cidade, por que não faz?! Os princípios de conduta social algumas vezes acabam por castrar uma das manifestações mais importantes e essenciais ao desenvolvimento humano: a ludicidade.
Nelson C. Marcellino, Doutor em Educação e Livre docente em Educação Física e Estudos do Lazer, em entrevista especial para a Beleza Pura!, ressaltou que “o lúdico é um direito do ser humano, simplesmente porque contribui para sua humanização, traz prazer, traz felicidade e contribui para sua cidadania.”. Mas no dia-a-dia, geralmente negligenciamos esse direito. A vergonha de ser ridículo, o medo de ser criticado, a preocupação excessiva com o trabalho e tantos outros motivos que usamos para justificar nossa falta de ludicidade acabam explodindo em estresse, mau humor, brigas e até mesmo violência.
Mais do que diversão, as manifestações lúdicas constituem a base da cultura humana segundo os estudiosos Johan Huizinga (professor e historiador neerlandês, autor do livro “Homo Ludens”) e Donald W. Winnicott (psicanalista inglês autor do livro “O Brincar e a Realidade”). Para eles uma criança que não brinca, será o adulto não participativo e não criativo culturalmente. E o homem é, por natureza, um ser cultural. Dessa forma, nos faltando o lúdico, nos faltará nossa característica maior de humanidade: a capacidade de fazer cultura.
Sendo assim, por que temos tanta dificuldade em vivenciar o lúdico? Sarah Andrade, fotografada em um de seus momentos lúdicos, não tem medo de ser feliz. E você? O que você sempre quis fazer para ser feliz? Mergulhar de roupa numa piscina? Correr pelado no meio da floresta amazônica? Comer um quilo de chocolate de uma só vez? Bom, eu fiz essas cosias… e recomendo. Durante a atividade lúdica podemos experimentar uma das poucas oportunidades de sermos plenos, pois acessamos os nossos sentimentos mais profundos e sinceros.
Cipriano C. Luckesi, Doutor em Educação e vice-coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e Ludicidade da UFBA, afirma que durante as atividades lúdicas “ o ser humano, criança, adolescente ou adulto, não pensa, nem age, nem sente; ele vivencia, ao mesmo tempo, sentir, pensar e agir.”. E complementa: “Enquanto estamos participando verdadeiramente de uma atividade lúdica, não há lugar, na nossa experiência, para qualquer outra coisa além dessa própria atividade. Não há divisão. Estamos inteiros, plenos, flexíveis, alegres, saudáveis”.
Muita gente costuma dizer que o lúdico é a fuga da realidade. Mas particularmente prefiro pensar em vivência da sua verdadeira realidade, sem se preocupar com preconceitos, pudores, medos, vergonhas ou qualquer outro artifício coercitivo criado pelo homem para moldar sua conduta social. Vivenciar o lúdico é estar feliz. Então, permita-me, caro leitor, um instante de ludicidade para fugir das convenções jornalísticas sacramentadas nos manuais e relatar uma experiência pessoal que julgo ser pertinente para exemplificar o que acabo de afirmar. Certa vez na praça de alimentação de um shopping da cidade, estava eu ouvindo um cantor entoar canções antigas e excessivamente bregas. Embora eu gostasse da maioria delas não me permiti o ridículo de ser visto cantando nenhuma. Mas do outro lado, observei uma jovem senhora de pouco mais de 40 anos, com um vestido vermelho berrante e colares escandalosamente chamativos, cantando e dançando sozinha, sem se preocupara com as risadas e comentários de reprovação. Depois de uns poucos minutos me perguntei: Quem de nós é feliz nessa história? Eu, aqui com esse chopp quente louco de vontade de tirar aquela senhora para dançar; ou ela, que está se permitindo curtir sua alegria ao máximo?



Por Tullio Andrade

A importância do lúdico na aprendizagem


O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo. (ALMEIDA)
O Lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica. A criança e mesmo o jovem opõe uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não é prazerosa. (NEVES)
Segundo PIAGET, o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Ela precisa brincar para crescer, precisa do jogo como forma de equilibração com o mundo (BARROS).
Para VITAL DIDONET “é uma verdade que o brinquedo é apenas um suporte do jogo, do brincar, e que é possível brincar com a imaginação. Mas é verdade, também, que sem o brinquedo é muito mais difícil realizar a atividade lúdica, porque é ele que permite simular situações”. (BERTOLDO, RUSCHEL)
A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço que merece atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.
O lúdico possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo, integrando estudos específicos sobre a importância do lúdico na formação da personalidade. Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona idéias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando.
A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionará a criança estabelecer relações cognitivas às experiências vivenciadas, bem como relacioná-la as demais produções culturais e simbólicas conforme procedimentos metodológicos compatíveis a essa prática.
De acordo com Nunes, a ludicidade é uma atividade que tem valor educacional intrínseco, mas além desse valor, que lhe é inerente, ela tem sido utilizada como recurso pedagógico. Segundo Teixeira 1995 (apud NUNES), várias são as razões que levam os educadores a recorrer às atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo de ensino-aprendizagem:
• As atividades lúdicas correspondem a um impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica; • O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo.
Ele é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a ludicidade é portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para consecução de seu objetivo. Portanto, as atividades lúdicas são excitantes, mas também requerem um esforço voluntário;
• As situações lúdicas mobilizam esquemas mentais. Sendo uma atividade física e mental, a ludicidade aciona e ativa as funções psico-neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento.
Em geral, o elemento que separa um jogo pedagógico de um outro de caráter apenas lúdico é este: desenvolve-se o jogo pedagógico com a intenção de provocar aprendizagem significativa, estimular a construção de novo conhecimento e principalmente despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória, ou seja, o desenvolvimento de uma aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica que possibilita a compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões.

O jogo no processo de aprendizagem



O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempo. Através deles, a criança desenvolvem a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc. (CAMPOS)
Segundo PIAGET (1967)citado por , “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. Através dele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais.
O jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive. Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral. É somente sendo criativo que a criança descobre seu próprio eu (TEZANI, 2004).
O jogo é mais importante das atividades da infância, pois a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor. Brinquedos não devem ser explorados só para lazer, mas também como elementos bastantes enriquecedores para promover a aprendizagem. Através dos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com o mundo. Os professores precisam estar cientes de que a brincadeira é necessária e que traz enormes contribuições para o desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar.

Pesquisar este blog

 
© Template Scrap Gabriel|desenho Templates e Acessórios| papeis Bel Vidotti